A velocidade que mais mata no trânsito é, muitas vezes, aquela em que dirigimos todos os dias sem perceber o risco. Em muitas vias urbanas, circular a 60 km/h está dentro do limite legal, mas, em caso de atropelamento, essa velocidade representa 98% de chance de morte. Isso significa que apenas 2% das pessoas envolvidas em um impacto assim teriam a possibilidade de sobreviver.
O perigo aumenta de forma exponencial conforme a velocidade cresce. Ser atropelado a 80 km/h equivale a cair do 9º andar de um prédio; a 65 km/h, o impacto é semelhante a uma queda do 6º andar. Quanto menor a velocidade, maiores são as chances de sobrevivência.
O Projeto de Lei das Velocidades Seguras (PL 2789/2023) foi criado para mudar essa realidade. Ele prevê a readequação dos limites de 60 km/h para 50 km/h em vias arteriais e a fiscalização por velocidade média, medida já adotada em diversos países que reduziram drasticamente o número de mortes no trânsito.
Atualmente, o PL está apensado a outras propostas que também tratam da segurança viária, o que significa que sua análise ocorre em conjunto com projetos que sugerem alterações no Código de Trânsito Brasileiro. Para que avance, precisa ser desapensado sozinho ou junto do PL 920/2015, que também trata da fiscalização por velocidade média. Esse processo exige engajamento político, articulação técnica e o apoio da sociedade.
O novo comercial da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga reforça essa reflexão em 30 segundos: “Se a velocidade que mais mata está na lei, a lei precisa mudar”. A peça provoca, informa e convoca a sociedade a participar desse debate. O vídeo pode ser assistido no YouTube ou no Instagram. O comercial foi produzido em parceria com Hoc e Mythago Produções, reforçando o compromisso coletivo de transformar o trânsito brasileiro.
Por fim, reiteramos que assinar a petição é um passo essencial para fortalecer a tramitação do projeto e pressionar por mudanças que salvem vidas. Assine aqui!